Fraturas do Planalto Tibial

Sobre a Fratura

As fraturas do planalto tibial são fraturas do maior osso da perna, que chegam a acometer a sua região articular no joelho. Esta ganha bastante importância porque ao lesionar a articulação, colocam a capa de cartilagem que recobre a superfície do osso em risco de uma cicatrização inadequada, o que frequentemente acelera um processo de desgaste da cartilagem (artrose).

Estas lesões podem acontecer de diversas maneiras, sendo bastante frequentes em indivíduos mais jovens que sofreram traumas de alta energia (como colisões de motocicletas e/ou carros) e também acometendo pacientes mais idosos, que, devido a um osso mais frágil, podem apresentar uma fratura do planalto tibial com uma simples queda.

É essencial que seja feita uma avaliação minuciosa por um especialista no caso de fratura do planalto tibial, pois além da possibilidade de indicação cirúrgica, em alguns casos encontramos lesões associadas que podem exigir tratamentos de urgência. Além do exame clínico, o médico irá solicitar radiografias para buscar identificar a fratura, sendo na maioria das vezes indicado também o uso de outros exames complementares, como a tomografia computadorizada para uma melhor definição do padrão da lesão e do tratamento mais adequado.

Figura 1

Exames e Tratamentos

Alguns casos podem ser tratados de maneira não-operatória, com o uso de gesso ou ainda de órteses, associada a uma restrição de peso no membro acometido pela fratura. Embora variável, este regime de tratamento costuma ter uma duração de 4 a 8 semanas sem que o paciente pise no chão, seguido da aplicação de carga parcial progressiva.

O movimento do joelho gradualmente liberado neste período. Todos estes casos devem ser seguidos de perto, caso exista a piora do quadro de desvio mínimo da fratura, podendo ser necessário alterar o curso do tratamento proposto inicialmente.

Já o tratamento cirúrgico pode ocorrer de maneira estagiada, ou logo de modo definitivo a depender da gravidade da lesão. A cirurgia pode envolver o uso de fixadores externos de modo temporário, ou mesmo definitivo para casos selecionados. Entretanto, na maioria das vezes em que se opta pelo tratamento cirúrgico, o ortopedista irá realizar a fixação das fraturas com o uso de placas e parafusos para agregar a estabilidade necessária.