As fraturas da patela são lesões que acontecem com o osso que se encontra na região mais anterior do joelho (Figura 1), sendo frequentemente acometido por dois mecanismos de trauma diferentes. A fratura da patela pode ocorrer por exemplo, em traumas diretos, quando existe o contato direto da patela com uma superfície rígida por exemplo em uma queda ajoelhado ou ainda em uma colisão de automóvel com o trauma do painel do carro contra o joelho.
Outra maneira de a patela se fraturar, é quando temos uma contração rápida da musculatura da coxa (quadríceps) com o joelho em uma posição levemente dobrada, por exemplo ao aterrissar durante um gesto esportivo.
Correspondendo a cerca de 1% de todas as fraturas, as fraturas da patela ocorrem com maior frequência em homens, entre os 20 e 50 anos de idade. Dentre os principais sintomas apresentados, além da dor na região anterior do joelho, podemos encontrar deformidade e inchaço local e, em alguns casos, a incapacidade de manter o joelho esticado.
Figura 1
A radiografia do joelho é o principal exame a ser solicitado na investigação de uma suspeita de fratura da patela. Ela vai permitir identificar a integridade do osso e também se as relações entre os ossos do joelho estão normais: algumas delas podem se alterar na presença de fratura da patela. Em alguns casos, exames como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem ser solicitados para complementar a avaliação.
O tratamento não-operatório, quando estiver indicado, envolverá o uso de uma órtese ou ainda um gesso, que imobilize durante 4 a 6 semanas toda a coxa e a perna, mantendo o joelho esticado. Com a imobilização, permite-se que o paciente pise com auxílio de muletas, conforme tolerada a dor, sendo o ganho da flexão do joelho progressivo.
Já para os casos em que existe a necessidade do tratamento cirúrgico, a depender do tipo da fratura, o ortopedista poderá utilizar implantes diferentes, até combinando métodos de fixação (Figura 2), para trazer a estabilidade necessária.
Figura 2